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Yilan

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 26 de nov. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 26 de nov. de 2024



Eu sou a aventura que te desafia,

a noite escura que nunca alumia.

Tu não es presa, mas vens por vontade;

transmorfa num antro de saudade.


Minha pele é fria, meu lábio é veneno;

teu toque é feroz, teu furor é imenso.

Tu me conheces, me teme e me tomas,

mas eu sou serpente: nunca me domas.


Eu te apeçonho e tu permaneces;

meu beijo é absinto: nunca me esqueces.

Cintilo minha pele e num instante, sou tua,

mas logo te escapo: onírica, lua.


Teus olhar me caça, mas não me alcança;

sou cria do abismo, o inferno que dança.

Eu estou sempre em movimento:

de onde me puseste, me fui, faz tempo.



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