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Violência II

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 4 de abr. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

Você me perfura e assim me subtrai

mas eu já não sangro.

Não há nada dentro de mim,

para que eu possa me esvaziar.

Eu não me vejo brilhar sob diferentes tonalidades de cinza,

pois enxergo a vida através de olhos cegos,

serão os espinhos que me cegaram

os mesmos que atravessam meu coração?

Sei que estou morta,

mas continuo caminhando,

continuo dançando a dança da existência,

eu, um cadáver dançante,,

um corpo flagelado que se recusa a descansar.



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