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Um poema meu e pensamentos sobre o cotidiano

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 20 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

Este post foi escrito em 24 de novembro de 2016. Antes eu tinha um blog chamado "Café, um livro e devaneios", e como eu não manjava nada de HTML (e ainda não manjo), comecei este outro blog, e para combinar com a nova fase, dei-lhe também um novo nome. Estes primeiros posts sobre devaneios (este e os anteriores) são todos retirados do antigo blog. Na ânsia de não perdê-los, vou transcrevê-los aqui. Gosto de olhar para trás e ver como as coisas mudaram, ou não.



Escrevo um pouco. Em sua grande maioria são poemas, mas rabisco alguns textos também. Cada um lida de uma forma com seus demônios, e acho que essa foi a forma que encontrei de exorcizar os meus. Nós, seres humanos, somos todos meio loucos. Escondemos nossas fraquezas sob uma máscara de orgulho para que ninguém nos julgue como fracos. Buscamos nos preencher em relacionamentos cada vez mais vazios a fim de mascarar nossa própria incompletude, nossa própria solidão. Nos apegamos a coisas materiais e quando as perdemos, nós surtamos e nos desesperamos. Jogamos nossa saúde fora por coisas cada vez menores e fúteis, e depois nos entupimos com drogas cada vez mais fortes (algumas legalizadas, algumas não), tentando reparar os danos. Antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos e tudo por uma causa: não sermos capazes de sermos gentis conosco. Depois dessa pequena reflexão, deixo aqui um poema de minha autoria, escrito em 2014, quando eu tinha 17 anos.

Ária à um tirano Oh, meu doce coração solitário Tu, que pulsas profanando minh'alma Condena-me com tua silente calma Oh, dor congênita de meu calvário

És minha virtude e minha maldição Rei dos reis, sórdido e triste Quimera maldita que me aflige Oh, meu déspota sem compaixão

Pulsa, pulsa, anatemático Meditabundo, alheio à minha dor Leva sangue ao meu espectro sorumbático Nostalgia embalada por notas de torpor

Amo-te insanamente, meu poeta doentio Sou musa sepulcral de teus sonhos mortos Reina no teu trono lacrimoso de suplício E faz-me tua amada, meu menestrel de versos tortos!

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