Temporal
- Yilan Ruh
- 8 de jan.
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de jan.

No frio da noite, o meu leito é cataclisma,
onde o eco do amor se mistura a cisma.
Sentimento invisível, tão fugaz e etéreo,
ora brasa, ora gelo, ora um mistério.
Uma da manhã, meu corpo, sem leveza,
afunda na cama sob o peso da incerteza.
Sinto o peso do que fui, do que já não sou,
do amor que entreguei, do que nunca bastou.
Perdão, querido, pelo caos aqui dentro;
um deslize seu e me esvaio: é um tormento.
Minh' alma é um mar que nunca sossega:
oscila em tempestade, afoga quem navega.
Meu ego é torre alta, erguida no estresse,
onde o eco do inferno clama: “não se entregue.”
Troquei o "eu te amo" por breves despedidas;
meu coração é iceberg, e o naufrágio está à vista.
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