Saudade
- Yilan Ruh
- 18 de out. de 2024
- 1 min de leitura

Ah, que dor me consome nesta espera!
Cada segundo sem ti, uma tortura.
O tempo, carrasco, me dilacera;
faz-me prisioneira desta noite escura.
No relógio cruel, cada ponteiro é açoite,
e é teu nome, que de meus lábios, escapa.
O desejo me queima em cada noite,
enquanto a saudade me fere e mata.
A carne arde e o tempo não perdoa:
quero-te agora, como um fogo insano!
Mas só me resta a ânsia, que ecoa,
no silêncio do meu coração profano
Teu corpo, meu desejo, minha febre:
cada segundo sem ti é um martírio!
Logo te verei e isso me aflige,
já que até lá, meu refúgio é o delírio.
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