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Máscaras

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 31 de out. de 2024
  • 1 min de leitura


Em teu rosto brilha um sorriso, sem luz;

é vazio, é sombrio, é frieza, é cruz.

Teu abraço, um aperto estéril,

promessa vazia de um laço incerto.


Cada verso dito, com voz adornada,

é véu que encobre tua alma calada.

Cada palavra bonita, enfeitada demais,

encobre abismos, verdades fatais.


Dizes ser amigo, companheiro, irmão,

me estende a mão… falsa devoção.

Às vistas, afeto que mal se sustenta;

às costas, a traição se apresenta.


Oh, que doce ilusão a que me ergue!

Mas o perfume da falsidade fede.

Eu fui sincera, real em minha conduta;

tu foste fantasma, um filho da puta!


Seguiremos solitários, vazios, sem cor,

sem eco, sem riso, sem afeto ou valor.

Cai, enfim, a máscara que apodrece;

resta o peso da lealdade que padece.


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