Morada
- Yilan Ruh
- 24 de jul.
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Entre as folhas secas que o vento leva,
A filha do Outono sonha e tece,
Um lar feito de suspiros e espera,
Onde o amor em silêncio floresce.
Paredes feitas de calor e aconchego,
Janelas abertas para o entardecer,
Onde o riso é abrigo e o medo, sossego,
E o coração encontra seu bem-querer.
O amado chega, com mãos que aquecem,
E nos gestos simples, constroem morada,
Cada olhar, um tijolo que fortalece
A alma nua, que antes era calada.
Folhas caem, mas o chão é macio,
O inverno celebra a eterna união.
Entre as sombras, surge o fio,
que une dois corpos em uma canção.
Filha do Outono, dona do tempo,
Em teu lar, o amor é raiz e céu,
No abraço, o eterno momento
— Onde se fundem sonhos e mel.
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