Monstros
- Yilan Ruh
- 17 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

Monsters stuck in your head
Monsters under your bed
We are, we are monsters, oh
We are, we are monsters, ooh
Era uma menina de olhos tão fundos,
abismos escuros onde o medo habitava.
Na alma silente, em recantos imundos,
ninava os monstros que a dilaceravam.
Tua voz plácida e teus gestos serenos,
escondiam feras, vorazes e vastas.
Nutria teus filhos, pequenos venenos,
com sangue e mágoas de lâminas gastas.
E, em cada noite, lhes dava de beber,
fitava, encantada, as formas sombrias;
oferecia peito, alma e querer,
e os via crescer — maiores todos dias.
Até que um dia, no espelho sombrio,
viu-se cercada por olhos, aos milhares.
Monstros que abrigou no peito vazio:
quis ser Jekyll, acabou como Hyde.
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