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Flor de aço II

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 16 de jan.
  • 1 min de leitura



Oh, flor de orgulho e aço,

forjada na frialdade da independência,

recusa os braços que estendem cuidado

e, na recusa, valida a tua existência.


De tuas lágrimas, faz as tuas regas,

e do sofrimento, nutre tuas sementes;

e roída pelos vermes da revolta terra

se envenena, e faz preces silentes.


Flor sombria, teme os dias ensolarados,

prefere o frio, a sombra, o outono;

pelo caminho, deixa teus estilhaços:

estepes que protegem do abandono.


Teu pranto escorre, qual rio amargurado,

flor nascida na aridez da negligência.

Recusa o abrigo e o afago,

despreza a ternura e a indulgência.


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