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Filhas da Serpente

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 2 de jan. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

Sou a cria da serpente lasciva,

Sou o inefável caos primordial;

Sou aquela que encarna o pecado

E a sacra gruta infernal.


Sou os cães que uivam à noite

E a sombra embaixo da tua cama;

Sou a culpa que lhe morde os tornozelos,

E o fim de tudo que se ama.


Sou o sangue que lhe escorre pelas coxas,

e o fim da amaldiçoada inocência;

Sou a mentira que escapa por teus lábios,

A perfídia que performa tua indecência.


Sou a infindável volúpia,

a doçura do orvalho da manhã,

sou a virgem deflorada,

e a sagrada criança de Satã.


Sou o recôndito da cobiça,

que se adorna com manta estrelada;

Sou o princípio e o final,

Eu santifico e não sou santificada.










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