Estranho
- Yilan Ruh
- 5 de out. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de jan. de 2020

Eu ainda não sei sequer seu nome, e você, tampouco, sabe o meu. Mas seu encontro comigo foi imprescindível para que eu fizesse as mudanças necessárias em minha vida. Quando te vi dançando, tão forte, tão sensual, tão seguro de si, e sobretudo, tão livre, foi quando percebi o quão presa eu estava. Encarcerada em mim, a valores morais estapafúrdios, à anseios de terceiros. E meus desejos, onde estavam? Ansiei pela liberdade que você tinha. Mais que isso: ansiei por ter você. Desejei que você me libertasse de mim. Encontrei os meus desejos e percebi, atônita, que você estava entre eles. Descobri uma mulher adormecida em mim. Obrigada, caro estranho. Reencontrei a beleza da existência no resfolegar dos seus lábios.
Comments