top of page

Espinhos

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 21 de fev.
  • 1 min de leitura


Floresce tão leve, tão pura, tão calma.

Pétalas mansas, brisa adormecida.

Sonha em cores, em cheiros, em alma,

mas o mundo é rude, a terra é ferina.


Dança no vento, perfume suave.

Flor azul  — matizes de aquarela.

Traz no seio a doçura que lhe cabe:

a autenticidade de ser singela.


Mas eis que passos a esmagam,

torrente feroz, voraz tempestade.

Mãos insensíveis que rasgam.

Flor desolada pela brutalidade.


Flor bonita, de caule desnudo,

sem espinhos, é muro indefeso.

Onde se encostam, se expurgam, te sujam,

e em sua pressa, sequer te nomeiam.

Comments


Me acompanhe

© Copyright 2025 - Uma dose de devaneio. Todos os

Direitos Reservados. 

bottom of page