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Em frente

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 13 de fev.
  • 1 min de leitura



No silêncio que em sombras se aninha,

desfaço os nós da minha própria linha.

Reviso caminhos sob o véu da lembrança,

sou crepúsculo e aurora, dor e esperança.


Já não sou quem fui — disfarce desfeito —

me refaço inteira no que levo no peito.

Na estrada estranha, minh'alma vagueia;

sou pés na terra e olhos de estrela.


Etéreo é o tempo que passa.

Hoje, pouca coisa me laça.

Já são quase vinte e oito,

mas foi ontem que eu tinha dezoito.


Entre feras e sombras, aprendi a ver,

que nem todo abraço vem proteger.

Palavras voam, promessas se vão,

mas é na conduta que mora a intenção.


O medo que ronda, não me domina;

a queda me esculpe, a dor me afina.

E mesmo sem ter todas as respostas,

de mim mesma, sigo devota.

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