Desconstrução
- Yilan Ruh
- 23 de ago. de 2024
- 1 min de leitura

Eu vou caminhar suavemente
impulsionada pela brisa das colinas
e, lentamente, apreciar a vista.
Do coração, desacelerar as batidas,
que se erram quando, teu contorno, eu vejo.
Teus olhos de estrela me inundam de desejo
de me perder até que me faltem os sentidos;
meu universo engolido nos teus beijos.
Vou te escrever os poemas mais bonitos
e me enfeitar com as flores que você me traz.
Vou cantar com a voz dos passarinhos
o quanto a tua calmaria me apraz.
Vou tatuar na alma as marcas dos teus lábios
que trazem ardor ao dourado da minha pele,
vou permitir que cada ferida feche
porque hoje é amor o que me impele.
Vou me guiar pelo teu riso
quando as noites se fizerem muito escuras;
fazer o teu peito de travesseiro
quando a vida se mostrar demasiado dura.
Por você, vou aprender a descansar;
você mostrou que colo pode ser abrigo;
agradecer à cada deus esquecido;
cada segundo, ao teu lado, celebrar
a graça de estarmos vivos
no mesmo tempo e espaço.
O mundo me fez aço,
você me fez flor.
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