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De profundis clamavi

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 23 de jul. de 2018
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023




Este post foi escrito, originalmente, no dia 08 de fevereiro de 2017, no meu antigo blog, o Café, um livro e devaneios. Provavelmente vou excluí-lo assim que conseguir passar todos os meus pensamentos de lá para cá. Fiquei muito tocada lendo este post, talvez porque eu ainda me sinta exatamente do mesmo modo.




Passam-se minutos, horas, dias, meses. Me afogo, me afogo dentro de mim. Como explicar a sensação de estar vazia de si, e preenchida de outros? Como explicar ao mundo que o seu exterior, estátua de mármore, guarda uma essência obscura, forjada com toda a dor e agonia do mundo. Como explicar que até mesmo a empatia em excesso destrói? Destruo-me, desfaço-me. Permuto minha essência à centenas, e ali me perco, neste turbilhão de emoções humanas. Busco a superfície, busco o ar revigorante. Algo me puxa novamente para as profundezas. Minha prisão líquida, constituída de correntes de entorpecimento. Sou réu, acusada de egoísmo. Talvez eu de fato seja. Talvez eu devesse deixar que cada um sentisse sua dor, cada um resolvesse seus problemas. Porque tomar tudo para si? Idealista, idealista em excesso. Não posso mudar o mundo sozinha. Esta é a fonte odiosa da minha agonia.

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