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Céu no Chão

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 24 de abr.
  • 1 min de leitura




Teu olhar é farol que me aquieta

quando as marés do mundo me afogam.

É abrigo onde a dor se aquieta,

e as tempestades já não me dobram.


Posso andar por mil ruas sozinha,

mas tua voz é quem guia meu trilho.

É a cama onde a braveza aninha —

ante teus olhos, passo de mansinho.


Vou plantar temperos no parapeito,

acender velas com cheiro de lavanda.

Vou rir sem pressa, desnuda de receios,

fazer da casa um altar de esperança.


Vou abrir as janelas do meu peito,

deixar o sol pousar no chão da sala.

Vestir os medos com rendas de afeto,

varrer as sombras que ainda me calam.


Vou bordar nossas memórias nas cortinas,

pendurar sonhos onde só havia grades.

Pintar meu corpo — o afeto por tinta,

expor a alma sem temer minhas verdades.


Deitar contigo no tempo que passa,

como quem vê céu desenhado no chão.

No teu colo, o mundo enfim me abraça:

es brisa fresca, pão, vinho e oração.



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