Celestial
- Yilan Ruh
- 26 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

Se, cá me chegas, me desfaço em candura;
não há escarlate que resista à teu sorriso.
Em tuas mãos, entrego minha armadura:
bandeira branca, encerrado o conflito.
Se estás aqui, eu adormeço em teu acalanto;
não me constringe o terror e o desvario.
Não temo o sol nem o fulgor de teu encanto,
cada manhã me abençoa com um lírio.
E, quando partes, leva contigo a alvorada,
que deixa o céu num cinza de saudade.
Mas tua volta é promessa renovada:
é meu refúgio, meu amor, minha verdade.
E cá te espero, envolvida em ternura,
sôfrega de me embriagar da tua luz,
de me fazer a mais bela criatura,
pois tudo aquilo que tu tocas, reluz.
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