Caramba, Sophyrosine!
- Yilan Ruh
- 16 de ago. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de nov. de 2018
Estava pensando com meus botões: eu, definitivamente, tenho dificuldade em manter uma certa linearidade nas coisas que eu faço. Talvez eu não tenha maturidade, ou saco, que seja, para manter um blog. Fico entediada toda vez que me sinto obrigada a fazer algo. Tudo se torna um verdadeiro martírio. Talvez por isso eu jamais sirva para ser blogueirinha, youtuber, ou qualquer coisa desse gênero. Que os deuses me livrem de pessoas desconhecidas me cobrando produção de conteúdo constantemente! Me arrepio só de pensar. Credo!
Acho que criar deve ser algo livre, que venha do íntimo, do ímpeto selvagem, da expressão do espírito. Coisas assim não devem ser forçadas. Concordam?
Mas, por algum motivo, a ideia de ter um espaço virtual bonito, com a minha cara, que ´possa ser lido por terceiros, me é atraente. Talvez seja porque, por anos a fio, mantive vários cadernos com poemas e pensamentos, todos escondidos por 7 chaves. Me sinto triste quando lembro em quantos destruí, queimando-os, simbolizando uma quebra com o passado, uma transformação, um renascimento. Mal sabia eu, criança bobinha, que queimar uma parte de si não é suficiente para destruir as lembranças daquele período. A criança ainda mora aqui, dentro de mim, com os mesmos medos, anseios, inseguranças e sonhos, mas agora divide o espaço com uma versão mais madura e sábia de mim.
No mais, minha escrita é um grito. Escrevo para lidar com as dores da existência, escrevo para não sufocar com meus próprios gritos. Escrevo porque lendo o que escrevi, descubro facetas de mim mesma que até então me eram desconhecidas. E isso me torna misericordiosa para comigo.
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