Aço sobre flores
- Yilan Ruh
- 9 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

O peso de tudo, o nada à espera,
no peito forjado por tantas guerras.
Mulher valente, caminha sangrando,
carrega os dardos de mil desenganos.
Seus olhos, faróis na noite cerrada,
velam a dor sob a couraça calada.
Na fortaleza, uma fina fissura:
ela cala o medo que sussurra.
E, se a fragilidade persevera,
é segredo que a alma encerra.
Ela sorri, confiante que é leão,
confortada na força de tua mão.
Mas, sob o aço, pulsa o desejo:
deitar a espada, encontrar um ensejo
de curar feridas, desfazer amarras;
abrir caminho onde há mais que palavras.
Comments