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A queda

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 8 de jan. de 2019
  • 1 min de leitura

O tempo escorre pelos meus dedos. Em um piscar de olhos a noite caiu. Me afundo nas trevas. Não faz diferença: enquanto o sol brilhava lá fora, meu corpo tremia de frio.

Minha cabeça dói e minhas mãos tremem. O café é a única coisa que tem gosto, de modo que não preciso comer. Não me importo com isso também: dez quilos a menos não me fariam mal algum. Ou talvez fariam. Mas não seria a primeira vez em que tento me destruir de dentro para fora.

De todos os lados chegam demandas afetivas. Meu celular apita com frequência e olho para ele com crescente desinteresse. Mas não estou em casa. Eu já não me encontro aqui. Me esvaziei de mim.

Eu vejo as luzes da cidade se acendendo através da janela. Pisco novamente e as luzes agora são os raios de sol. Há quantas horas estou na cama?

Tudo se torna vazio de significado.

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