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Amor?

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 8 de nov. de 2018
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

O texto a seguir foi publicado originalmente no dia 05 de julho deste mesmo ano, no meu antigo espacinho. Freud diz que quando você se recorda de algo, lhe acrescenta algo. Aquilo não é mais o mesmo, porque você próprio está mudado. Relendo compreendi que já nesta época emergiam em mim conflitos que eu buscava ignorar. Percebo hoje, com certa tranquilidade, que ainda não tenho respostas para minhas questões, mas que finalmente as sustentei.



Um amigo me disse, certa vez, que "quando o amor acaba, resta a lealdade". Isto me perturbou muito, me tirou do eixo. Fiquei pensando, incessantemente, em como sabemos que atravessamos esta linha tão tênue. Pensei também em porque somos leais ao outro se temos certeza que ele nunca nos amou ou nos foi leal. Mais um pensamento me ocorreu, então: como sei que sou realmente capaz de amar alguém? Será que eu sou? Será que existe algum amor dentro de mim, para entregá-lo ao outro? Como uma pessoa que foi criada sem amor algum, aprende a amar? Talvez eu seja constitutivamente incapaz. Disseram-me, então, que amor é sacrifício. Mas os sacrifícios que faço pelas pessoas que acho que amo, eu faria por qualquer uma que estivesse em dificuldade. Porque o único momento em minha vida em que não sou torturada por minha dor, é quando ajudo, mesmo que um pouco, a aliviar a dor de alguém. Tantas questões e respostas tão escassas!

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