Vacivus
- Yilan Ruh
- 31 de mar. de 2023
- 1 min de leitura
Eu ando a estranhar o que carrego no seio
Meu peito anda cheio de vazios
Onde antes residia o desejo
me ocupam a insatisfação e o tédio
Ando cansada de contemplar
a mesmice de ser humano
impacientar-me de pacientar
o diferente se desvelar.
No que consiste a diferença,
senão o ensejo de aguardar
que a ilusão se torne autêntica?
Apago as luzes dos meus olhos feridos
Me preencho do peso dos meus sonhos
Me preencho do peso do vazio
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