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Outono II

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 15 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura



Salva-me, você, de meus olhos.

Eu te vi, sob a noite, estrelada.

Entre sonhos, encarnada, cálidas luzes.

Obstante, o escuro me abraçava.


Vem depressa ver a luz se apagar.

Cerrados os olhos, feridos.

Espero poder encontrar

aquilo que nunca pedimos.


Se pudesses ver, a ti, por meus olhos,

irias inferir a turbidez dos sentidos.

Ouço vultos, vejo sussurros,

toco teu nome.

Eu crio aquilo que inexiste.


Vem depressa ser a fumaça em meus pulmões.

Me sufoque, morosa, que feneço sorrindo.

Espero poder inventar

aquilo que nunca sentimos.


Já não luto contra o luto, não reprimo meus impulsos.

Desmaio, em devaneios, no meu leito moribundo.

Noturna, soturna, de dores e saudades;

repouso em meu sepulcro até que a vida nos separe.


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