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Lábris

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 28 de jul. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

A minha língua desliza,

serpente lasciva,

pelo teu corpo curvilíneo.

Tuas modulações

de existência

se parecem com as minhas.

Deita, deita no meu leito infernal,

oh minha Prosérpina;

vou aquecer teu corpo

com a fúria de mil infernos cristãos.


O farfalhar dos lençóis é engolido

por nossos gemidos delicados.

O mundo se perde ou,

talvez,

nós tenhamos nos perdido.

Talvez eu tenha me perdido,

na curva dos seus seios;

talvez eu tenha me embriagado

com o néctar que escorre

pelas tuas coxas.






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