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Hipocrisias

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 26 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura


Quisera eu poder tocar o céu;

forjar-me enquanto anjo de candura.

E sob teu olhar, ambicioso,

fazer-me a mais bela criatura.


Mas nesse campo de disrupturas,

demônios me agarram pelos pés;

açoites me encontram pelas costas;

me cingem, pelos pulsos, os cordéis.

Ai de mim, ai de mim!

Caio em desgraça!

Incapaz de me fazer o que tu queres.

É que me vale mais minha Vontade

que este pedestal que tu me ergues.


Sorrio à tentativa de tortura.

Se me queres alva, enegreço;

se me queres casta, viro puta.





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