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Futilidades

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 28 de mai. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 29 de mai. de 2024



Morar em mim é como estar em uma cova.

Vou soterrando os pedaços de mim mesmo.

Para estar com o outro, sou a vítima e o coveiro;

não me conheces para além do meu sorriso.


Vou performando tudo aquilo que não sinto.

Vou disfarçando o abismo que sou eu.

É que é infinita a dimensão da minha tristeza.

Meu coração azul jamais pode ser seu.


Um vislumbre meu e pedes que eu bote a máscara.

O que te agrada é minha alegria fabricada.

No fundo, eu sou aquilo que te repugna.


Eternamente o Amor será minha ruína.

Espinhos de aço e pétalas sintéticas:

o afeto vem condicionado a minha estética.


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