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Ele II

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 11 de ago. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de fev.


Eu sou assim, tão cheia de certezas

e de repente eu já não sei porra nenhuma.

Mas você chega e eu me sinto mais eu mesma.

Me desconheço.

Me apresenta

a mim

de novo?


É que cê vê beleza na minha tristeza

e cê me pede que eu explique os meus escritos.

Me sinto só, mas eu sei, cê tá comigo.

Cê faz sentir que estar aqui não é sacrifício.


Cê sabe: minha cor favorita é o turquesa;

me fascina a complexidade entre verde e azul.

Eu amo as cobras, mas temo as borboletas,

e as tempestades me dão dor de cabeça.


E o quanto eu me esforço pra continuar acreditando

na beleza do mundo, na bondade do ser humano

depois de tudo o que já aconteceu comigo.

Cê sabe quantas noites eu acordei gritando.


A tua camisa tá secando no varal

e no teu abraço o mundo vira meu quintal.

O teu cheiro tá ficando na minha cama

e eu acredito quando cê diz que me ama.


O teu sorriso me desarma por inteiro.

Estou rendida, o conflito encerrado.

Te mando embora, cê monta guarda no meu quarto;

contigo eu choro, eu peço abraço, eu quero colo.


É que é pesado o fardo da minha sina,

mas cê me pega e eu volto, logo, a ser menina.

Vou desabar. Eu tô cansada de ser forte.

Rasguei o mapa;

hoje você vai ser meu norte.

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