Cobiça
- Yilan Ruh
- 8 de ago. de 2024
- 1 min de leitura

Do teu nome, farei uma oração
pronunciada com os dedos entre minhas pernas.
O meu silvar se tornará uma canção,
eternizada no tremor que me despertas.
Em pensamento, te desloco do meu seio;
vestido de lua, tu te põe em minha alcova.
Eu te elevo quando te põe de joelhos,
rendido à mim, eu engulo a tua glória.
É que me invadem anseios pouco nobres
se, por um segundo, tua silhueta, vejo:
minhas mãos exíguas enroscando teus cabelos;
as tuas, grandes, envolvendo meu pescoço;
Eu, como harpia, grafando teu dorso;
o mundo lânguido nos teus sôfregos beijos.
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