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Ele

  • Foto do escritor: Yilan Ruh
    Yilan Ruh
  • 10 de ago. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 2 de abr.




A tua voz é o farol que me guia

na escuridão do abismo que sou eu

Eu posso ter o mundo ao meus pés

mas, no meu peito, eu guardei o que é teu.


Eu vou abrir as portas da minha casa

e pôr as flores mais bonitas nas janelas.

Eu vou raspar o mofo da entrada

e retirar, das portas, barras e sentinelas.


Eu vou jogar fora as flores que secaram,

nas paredes, pendurarei os novos quadros;

cê me ensinou que o amor não é roxo e nem vermelho;


Ele é prateado como a cor dos teus cabelos,

sereno como o castanho dos teus olhos,

bonito como o teu sorriso, sempre meigo.


Resposta ao poema "Dos lares violados", escrito em 19 de março de 2021


Quando você chegou

Entrou sem pedir licença.

Meteu o pé na porta,

arrombou a fechadura,

fez da minha casa, a sua.

As flores, nos vasos, secaram e

a água, nas torneiras, ficou fétida.

Meus quadros penderam, arrancados;

meu canto se tornou um sussurro.

O tempo passa e eu ainda em luto.

Luto: substantivo e verbo.

Eu ainda luto para abrir as persianas,

depois de ver o que o Sol fez com as flores.

Eu ainda tremo quando batem à porta.

Todos eles se parecem um pouco com você.

Eu lavo as paredes

E o mofo volta.

A sua podridão contaminou tudo.

Não importa o quanto eu redecore,

A casa nunca mais pareceu ser minha.


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