B.
- Yilan Ruh
- 21 de mar. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de mar. de 2024

Se tu me olhas, já me encontra a afasia;
a tua presença me induz a ser infante.
É que tua doçura se parece com a minha;
se me sorris, eu volto, logo, a ser menina.
Se me sussurras, me embriaga a tua voz;
es vinho doce que não aplaca a minha sede.
Alongo o pescoço e te aguardo, minha algoz;
me parta ao meio que, de amor, eu morro em êxtase.
Ensandecida, eu não me importo com mais nada.
O aqui e agora me conforta o desespero.
Se te desnudas, eu desintegro e viro estática.
Eu sou ruído e o teu corpo, o desconcerto.
Despida a candura, por labores, sem receio;
oh, Bianca, oh Bianca!
Vou me perder no espaço entre tuas ancas
e me abrasar na fartura dos teus seios.
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